segunda-feira, 29 de agosto de 2011

E se o seu pastor não acreditasse em Deus? Já tem esse tipo de lobo atuando na Holanda


   O pastor holandês, Klaas Hendrikse, da Igreja Êxodo da cidade de Gorinchem tem uma forma bastante diferente de pregar: Ele diz que Deus não é um ser sobrenatural e que a vida eterna não existe. “Pessoalmente, não tenho talento para crer na vida depois da morte. Não, para mim, a nossa vida, nossa tarefa, está antes da morte”, disse em uma de suas mensagens.

   Essa posição teológica do pastor tem gerado polêmica entre muitas igrejas cristãs, principalmente quando ele diz que não acredita que Deus existe de forma sobrenatural. “Creio que “Filho de Deus” é uma espécie de título. Não creio que ele foi um deus ou metade deus”, disse o pastor a respeito de Jesus. “Eu creio que era um homem, mas era um homem especial.”

   Hendrikse descreve o relato bíblico sobre a vida de Jesus como uma história mitológica, sobre um homem que pode muito bem não ter existido, mas mesmo assim é uma fonte valiosa de sabedoria sobre como levar uma boa vida.

   O pastor ateu está lançando um livro intitulado de “Crer em um Deus Não Existente” (tradução livre para o português), obra que tem provocado os cristãos mais tradicionais, que chegaram a pedir para que o pastor fosse retirado da igreja. Mas, em uma reunião especial, o ministério decidiu que seus pontos de vista estão em concordância com o de outros pastores.

   Um estudo da Universidade Livre de Amsterdam relatou que um a cada seis clérigos na Igreja Protestante holandesa são agnósticos ou ateus. Um professor dessa universidade, Stoeffels Hijme, acredita que esse tipo de discurso pode ajudar o cristianismo a permanecer “competitivo no mercado de ideias”, ele diz que somente se reinventando é que a religião conseguirá sobreviver por muito mais tempo.

sábado, 13 de agosto de 2011




O dia dos pais está chegando e você precisa se apressar para comprar o presente do seu, mas antes de partir para o mundo consumista que tal saber o por que disso tudo?

   No Brasil o dia dos pais teve uma origem parecida com a do dia das mães, foi ideia de um publicitário. Em 1953 Sylvio Bhering pensou que seria uma boa ideia importar esta comemoração, que já ocorria em diferentes partes do mundo, para o Brasil. A data escolhida foi 14 de agosto, o dia de São Joaquim, pai de Maria, avô de Jesus e padroeiro dos avôs. A iniciativa teve grande apoio do jornal O Globo.

   Nos anos seguintes a data foi modificada para o segundo domingo de agosto, sendo este um dia mais propício para as reuniões familiares. Em São Paulo o dia dos pais só começou a ser comemorado em 1955, quando a data passou a ter o apoio da Folha de S. Paulo, TV Record, Rádio Pan-americana e a extinta Rádio São Paulo. O grupo organizou um grande show para comemorar a data especial com muitas premiações e lançamentos de discos. Desta forma o dia dos pais pegou de vez no Brasil.

   Sei que a origem publicitária do dia dos pais não é grande estímulo para ninguém, mas isso não muda o fato de que se trata de um bom dia para prestar uma homenagem, reafirmar o amor e agradar o seu progenitor. Em outros países foi exatamente este desejo que iniciou a comemoração.


   O primeiro registro de uma comemoração do gênero vem da Babilônia, há mais de 4 mil anos, onde o jovem Elmesu moldou em argila um cartão, desejando sorte, saúde e longa vida ao seu pai.

   A fixação de uma data específica para homenagear os pais é divida entre eventos ocorridos em 1908 no estado norte americano de West Virginia e em 1909, quando a estadunidense Sonora Louise Smart Dodd decidiu especificar a data de 19 de junho para demonstrar toda sua admiração por seu pai, um veterano da guerra civil que ficou viúvo quando sua esposa teve o sexto bebê e que criou os seis filhos sozinho em uma fazenda no Estado de Washington.

   A primeira comemoração aconteceu em 1910 e as rosas foram definidas como flores oficiais do evento. Os pais vivos deviam ser homenageados com rosas vermelhas e os falecidos com flores brancas. Em 1972, o então presidente Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro domingo de junho como Dia dos Pais.

   Outros países do mundo também comemoram o dia dos pais, mas nem sempre a data é a mesma. Na Alemanha a comemoração acontece no Dia da Ascensão, 40 dias depois do domingo de páscoa. Na Tailândia a data escolhida foi 5 de Dezembro, dia do nascimento do rei Bhumibol Adulyadej. Na Bélgica, Portugal, Angola, Espanha, Itália, Cabo Verde, Andorra e Listenstainea festa ocorre no dia de São José (19 de Março), sendo que em alguns destes países o dia dos pais acontece duas vezes. A primeira no dia 19 de março e a segunda, considerada secular, ocorre no segundo domingo de junho. Na Rússia não existe propriamente o dia dos pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, a chamada data "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).

segunda-feira, 8 de agosto de 2011




O brasileiro é pouco solidário

   Só um terço da população faz doações anuais para a área social. A taxa é uma das menores do mundo. Na Holanda, esse hábito é cultivado por 70% dos habitantes.

   Apenas 33% dos brasileiros fazem doações anuais para a área social. O número coloca o Brasil entre os piores doadores do planeta. A Holanda, país em que dois terços das pessoas colaboram com ações desta natureza, é a campeã em caridade, seguida pelo Reino Unido e Suíça, onde metade dos moradores é solidária. Nos EUA a taxa é de 41%. Apesar do reduzido porcentual de colaboradores, os valores destinados ao terceiro setor no Brasil são equivalentes aos da Europa e dos Estados Unidos. Os dados fazem parte de uma pesquisa que avaliou as doações em 14 países, com 13,9 mil entrevistados.

   A tendência de se investir em projetos voltados para a infância é confirmada no levantamento mundial. No Brasil, as crianças recebem metade das doações, porcentual maior que o observado na Europa e restante do mundo, onde essa população fica com menos de 40% dos donativos. As organizações religiosas aparecem em segundo lugar no país, com 24%. Para os doadores europeus o foco principal são projetos voltados à redução da pobreza e programas humanitários.

   Entre os brasileiros, 74% apontam como motivo para as doações questões religiosas ou filosofia pessoal. Para os europeus este também é o principal motivo, seguido dos 35%que se identificam pessoalmente com a causa a que ajudam.


(Jornal Gazeta do Povo).